quinta-feira, 31 de maio de 2007

Aquela do conga

Tenho receio de me descobrir penalista.

* * *

Falei a Camila que comprei um par de tênis novos, tênis all star. Ela reprovou na hora.
"Eu acho all star a pior coisa. 'Para o adidas, o conga nacional.' Isto é Marisa Monte. Eu acho tão bonito quando vejo, por exemplo, passando do outro lado da rua um menino assim, estiloso, calçando conga. É muito lindo, muito indie [risos]. O conga é mais confortável, é mais bonito - pode gastar na viagem, mas é bem melhor que o all star."
"Mas Camila, essa era a minha questão: eu não compraria all star porque, justamente, é de multinacional etc. etc. Mas não sabia, até então, de uma alternativa nacional. Onde comprou os seus?"
"Ah, em São Paulo fomos obrigadas a usar, colégio de freira. Daí que conheci e gostei de usar, peguei o hábito. Aqui [Rio de Janeiro], perto da Central, naquelas ruelas cheias de sapatarias antigas."

quarta-feira, 30 de maio de 2007

"É isso que atravanca o processo revolucionário!"

Gabriela voltou do mercado indignada. Houvera sido descoberta em seu ardil para pagar menos pelo 'pãozinho do lanche' *.

"Eu fico puta com isso; é isso que atravanca o processo revolucionário! A caixa vem querer pagar de patrão para cima de mim, vê se pode! Outra já percebeu, mas deixou passar. A de agora passou os pães, olhou o preço e exclamou: só trinta e oito centavos por cinco pães? Como pode? Um pão é quarenta!
Eu respondi que também achara estranho, mas foi o valor que saiu da pesagem, logo etiquetei-o no saco.
Então chamou o gerente, ele veio, pesou, e deu R$ 1,80.
Agora eu pergunto: que ganha ela quando age assim?"

Disse Larissa: "Pois é, Gabriela, agora você está marcada lá. Tem que ir ao outro Zona Sul."
Eu: "Ou pode ir você, Larissa, ao mesmo mercado" ;)
Mas será que eles já não estarão expertos? :S
Pois bem. Sou adepto desse jeito 'macunaímico' de ser.





*frase lembrada de telejornal quando da notícia da insegurança resultante dos embates entre as forças especiais da polícia e os traficantes no complexo do alemão.
Esses telejornais são melodramáticos; fico irritado. Algo a respeito está em Jesús Martin Babero. Li por alto, só tive o livro em mãos por alguns minutos. Há anos minha tia dele me falou, disse que seria interessante etc. etc. Aceito como presente.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

"Hay que ponerlo, bah. No es porque es brasileño que no lo pondrá".

Então, com duas fitas entrecruzadas (una azul, la otra amarilla) ao peito, depois de ter admirado os passos de tango, escuché el himno nacional argentino:



Oíd mortales el grito sagrado

Libertad, Libertad, Libertad

oíd el ruido de rotas cadenas

ved en trono a la noble igualdad.



Ya su trono dignísimo abrieron

las Provincias unidas del Sud,

y los libres del mundo responden

al gran Pueblo Argentino Salud.



Sean eternos los laureles

que supimos conseguir

coronados de gloria vivamos,

o juremos con gloria morir.





Noite de sexta-feira, 25 de maio. Fui convidado pela minha mais nova conhecida (Élida) a ir a um lugar que eu já tinha passado na porta: já tinha idéia de onde era, mas até aquele momento não entrara. Valeu pela novidade.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Do início

Porque tudo, acho, tem seu começo.

E para, talvez, preencher melhor o meu tempo livre.

Imagino que possa vir a ser coisa boa - assim, daquelas que, com o tempo, surpreendem, apontam novos caminhos.

Fato que começou em um dia como este: não está na hora de ir, e não tenho tempo hábil para iniciar qualquer outra coisa de maior peso e importância. Estou com dor de cabeça e tempo para ser preenchido.

E veio também do desânimo em ter de responder pela enésima vez quem sou, o que faço, o que gosto, o que penso.

Quando um novo alguém me perguntar qualquer coisa neste sentido, indicarei o presente endereço. Será cômodo para ambas as partes.